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bola de gude

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bola1bola1
|ó| |ó|
( bo·la

bo·la

)

Imagem

Objecto redondo ou oval, geralmente feito de borracha, couro ou material semelhante, com que se podem praticar vários desportos como andebol, basquetebol, futebol, hóquei ou râguebi, entre outros, sendo o tamanho dependente da modalidade a que se destina.


nome feminino

1. Objecto redondo ou oval, geralmente feito de borracha, couro ou material semelhante, com que se podem praticar vários desportos como andebol, basquetebol, futebol, hóquei ou râguebi, entre outros, sendo o tamanho dependente da modalidade a que se destina.Imagem

2. Qualquer objecto de formato arredondado.Imagem

3. [Farmácia] [Farmácia] Pílula de grande tamanho, geralmente de consistência pastosa. = BOLO, BÓLUS

4. [Informal] [Informal] Jogo de futebol (ex.: foram ver a bola no café).

5. [Informal] [Informal] Cabeça; juízo.

6. [Informal] [Informal] Pessoa baixa e gorda.

7. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Dinheiro que se oferece a alguém em troca de favor ou negócio lucrativo, geralmente ilícito. = SUBORNO

bolas


nome feminino plural

8. Rodelas combustíveis feitas com cisco de carvão.

9. [Informal] [Informal] Testículos.

10. [Brasil] [Brasil] Espécie de laço.

11. [Brasil] [Brasil] [Zoologia] [Zoologia] Tatu.


bola da vez

[Brasil] [Brasil] [Jogos] [Jogos]  Bola que deve ser metida no buraco, em jogos de bilhar e afins.

bola de capão

[Informal] [Informal] Bola de couro, geralmente por oposição a bolas improvisadas, feitas geralmente de trapos.

bola de cristal

Esfera de vidro ou cristal, usada alegadamente para fazer previsões.

bola de gude

[Brasil] [Brasil] Pequena esfera usada no jogo do berlinde. = BERLINDE

bola de neve

Aquilo que aumenta progressivamente.

bola suíça

Bola insuflável de borracha, de grandes dimensões, usada em exercícios físicos e fisioterapia.Imagem

jogo da bola

Certo jogo em que se derrubam paulitos com bolas grandes de pau.

não ir à bola com

Não gostar de; implicar com.

picar a bola

Impelir a bola com o taco.

Dar um toque na bola de forma a provocar um efeito especial.

etimologiaOrigem etimológica: latim bulla, -ae, bolha de ar.
iconeConfrontar: bula.
bola de gudebola de gude

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a diferença entre haver e ter, quando estes verbos são utilizados como auxiliares: eu tinha dito/eu havia dito, ele tinha feito/ele havia feito. Também gostaria de saber se há diferença entre o português luso do português do Brasil.
Os verbos ter e haver são sinónimos como auxiliares de tempos compostos e são usados nos mesmos contextos sem qualquer diferença (ex.: eu tinha dito/eu havia dito); sendo que a única diferença é a frequência de uso, pois, tanto no português europeu como no português brasileiro, o verbo ter é mais usado.

Estes dois verbos têm também uso em locuções verbais que não correspondem a tempos compostos de verbos e aí há diferenças semânticas significativas. O verbo haver seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo permite formar locuções verbais que indicam valor futuro (ex.: havemos de ir a Barcelona; os corruptos hão-de ser castigados), enquanto o verbo ter seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo forma locuções que indicam uma obrigação (ex.: temos de ir a Barcelona; os corruptos têm de ser castigados).

Note-se uma diferença ortográfica entre as normas brasileira e portuguesa relativa ao verbo haver seguido da preposição de: no português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de) enquanto no português do Brasil tal não acontece (hei de, hás de, há de, hão de). Esta diferença é anulada com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma vez que deixa de haver hífen neste contexto (isto é, em qualquer das variedades deverão ser usadas apenas as formas hei de, hás de, há de, hão de).

Para outras diferenças entre as normas europeia e brasileira, queira, por favor, consultar outra resposta sobre o mesmo assunto em variedades de português.




O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.